Nascido no morro
Criado nas ruas
Jonas Carneiro
É filho da Lua
O traficante é quem sustenta
Com almoço, janta e pão
A polícia não dá nada
E lhe taxa de ladrão
Seu mundo é uma selva
Onde a lei é diferente
É a lei do mais forte
E a sorte do sobrevivente
Entre a angústia e a palavra
Preferiu ficar calado
São ideias sufocadas
Pelo medo do errado
E acabou perdendo a alma
Que deixara de brotar
Superou o seu orgulho
Sua honra está no olhar
Jonas Carneiro conta com a sorte
Jonas Carneiro brinca com a morte
Tem fé na justiça que despreza seu nome
A mesma justiça que lhe fez cobaia da fome